Seu Ambiente
LIVRE DE ROEDORES

Desratização

Elimine os Ratos do seu Ambiente

A DESRATIZAÇÃO é utilizada no combate de roedores, e é atualmente o processo mais eficaz no controle e combate dos ratos, além de ser o mais seguro para a saúde humana. Portanto, solicite uma vistoria de técnicos especializados com larga experiência para a aplicação correta do processo de desratização do seu ambiente.

Os ratos são classificados pela sistemática – ciência que estuda a relação entre os organismos conforme sua classificação biológica – como roedores, isto é, animais da ordem Rodentia e, ainda, da família Muridae. Essa família, um setor da classe dos mamíferos, abrange os ratos, camundongos e ratazanas. São animais que possuem uma característica própria desse grupo: dentes incisivos. Além disso, podem ser caracterizados de acordo com alguns aspectos externos, como a coloração e o tipo da pelagem.

Habitat dos Ratos

Os ratos possuem hábito noturno. Isto significa que eles saem em busca de alimento somente durante a noite, uma vez que é o período mais fácil de obter alimento e menos perigoso também. Mais ainda, utilizam principalmente o tato, a audição e o olfato para a obtenção do alimento, uma vez que esses sentidos são mais aguçados do que a visão. Como eles têm várias habilidades físicas – nadar, subir em locais altos, saltar ou mesmo equilibrar-se em fios e cabos – eles conseguem obter alimento mesmo que esse esteja em locais de difícil acesso. Eles podem bloquear a respiração por até três minutos, permitindo a natação dentro de canos e esgotos.

Ciclo de Vida dos Ratos

Esses roedores possuem um ciclo de vida de 9 (nove) a 12 (doze) meses e com um período de gestação de aproximadamente 22 (vinte e dois) dias. A maturidade é atingida, por esses animais, após, no máximo, 3 (três) meses, isto significa que, apenas sessenta dias do dia do nascimento eles já estão aptos a se reproduzirem. As fêmeas dos camundongos têm em média seis ninhadas no ano, com 3 a 8 filhotes por ninhadas. Já as fêmeas dos ratos (preto e ratazana) têm até doze ninhadas por ano, com 7 a 12 filhotes por ninhada

Doenças Causadas por Ratos

Leptospirose

É uma zoonose causada por uma bactéria do tipo Leptospira que afeta seres humanos e animais podendo ser fatal. Durante chuvas e inundações, essa bactéria, presente na urina do rato, se espalha nas águas, podendo invadir casas e contaminar, através da pele, os que entram em contato com áreas infectadas. A longa permanência de pessoas na água favorece a penetração da bactéria pela pele limpa, sem ferimentos, e ela pode atingir rins, fígado e musculatura.

Os locais, onde o contágio acontece, normalmente são beiras de córregos, galerias de esgoto e terrenos baldios. Em seu quadro mais grave, também é chamada de Mal de Weil ou Síndrome de Weil. Apesar de classificada somente em 1907, graças a um exame post mortem realizado em uma amostra de rim infectado, a doença foi identificada em 1886, pelo patologista alemão Adolf.

Os ratos são considerados os principais transmissores da doença. Os roedores domésticos mais comuns, que levam a leptospirose ao homem, são o rato de telhado (ou de forro, o Rattus rattus), a ratazana (de praia ou de esgoto) e o camundongo (o Mus musculus).

A leptospirose, nos seres humanos causa ampla gama de sintomas, mas alguns casos podem ser assintomáticas, isto é, não apresentam sintoma. Podem ser sintomas da doença: febre alta, fortes cefaléias (dores de cabeça), calafrios, dores musculares, vômitos, icterícia (cor amarelada da pele), olhos congestionados, dor abdominal, diarréia e coceira. Um sintoma capaz de diferenciar-la de outras doenças é a insuportável dor na batata da perna, muitas vezes, o doente não consegue ficar de pé. Pode provocar alterações no volume e na cor da urina tornando-a mais escura. Complicações incluem falência renal, meningite, falência hepática e deficiência respiratória, caracterizando a forma grave da doença citada a cima. Pode levar a morte raramente. Normalmente, quando curada, a doença não deixa sequelas.

Muitas vezes, essa patologia é confundida com doenças como gripe e, principalmente, hepatite. O diagnóstico da doença é difícil, devido a variedade de sintomas, comuns em outros quadros clínicos. O diagnóstico final é confirmado por meio de testes sorológicos como o método de ELISA (Ensaio Detector de Anticorpos de Enzimas) e o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase = Polymerase Chain Reaction).

Os humanos também infectam-se, freqüentemente, por água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais infectados (bovinos, suínos, eqüinos, cães, roedores e animais selvagens) que são ingeridos ou entram em contato com membranas mucosas ou com a pele. A infecção é mais comum em áreas rurais, podendo ocorrer, também, em áreas urbanas, quando alguns dos animais mencionados entram em contato com alimentos armazenados em depósitos não devidamente isolados. Há casos de pessoas que contraíram a doença e morreram por beberem liquídos (e só foi descoberto após a sua morte) de latas que se encontravam contaminadas com a bactéria causadora da infecção, devido à urina dos ratos que se encontram nos armazéns de fábricas e supermercados. Não há registros de transmissão da doença de uma pessoa para outra.

Prevenção:

Baseia-se no controle dos roedores e em medidas para melhorar o meio ambiente como habitação protegida das águas das chuvas, saneamento básico e cuidados especiais com o lixo, principal alimento de ratos. Tratar esgotos e galerias por onde passam as águas das chuvas, evitando inundações e impedindo a urina do rato alcançar o homem.

– Quando entrar em contato com regiões inundadas ou com lama, usar luvas e botas de borracha;

– Evitar expor ferimentos às águas infectadas de inundações em áreas suscetíveis á bactéria;

– Ficar o menor tempo possível imerso nessas águas e impedir que as crianças nadem ou mergulhem nelas;

– Desinfetar com cloro (hipoclorito de sódio) os objetos de casa que entraram em contato com a água ou com a lama;

– Médicos recomendam a lavagem de latas e outras embalagens com água e sabão.

No Brasil, não há vacina contra a leptospirose para seres humanos. Existem vacinas somente para uso em animais, como cães, bovinos e suínos. Esses animais devem ser vacinados todos os anos para ficarem livres do risco de contrair a doença e diminuir o risco de transmiti-la ao homem.

Tratamento:

A leptospirose é tratada com antibióticos, como a doxiciclina ou a penicilina, hidratação e suporte clínico, orientado por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados.

Curiosidades quanto à Leptospirose:

Solução desinfetante de alimentos e objetos: Cloro mata a bactéria. Se não for possível armazenar os alimentos protegidos da água, o correto a se fazer é eliminá-los. Frutas em geral, carne, leite, verduras, legumes, arroz, feijão, café, manteiga, etc devem ser inutilizados. Alimentos enlatados podem ser lavados mantendo-os em contato com a solução por trinta minutos, desde que não tenha havido contato da comida com a água. Para 1L, 20L, 200L e 1000L usa-se, respectivamente, duas gotas, uma colher de chá, uma colher de sopa e dois copinhos de café de hipoclorito de sódio.

Por quanto tempo a leptospira vive no ambiente?

As leptospiras podem sobreviver até semanas ou meses, dependendo das condições do ambiente (temperatura, umidade, lama ou águas de superfície). Porém, são bactérias sensíveis aos desinfetantes comuns e a determinadas condições ambientais. Elas são rapidamente mortas por desinfetantes, como o hipoclorito de sódio, presente na água sanitária, e quando são expostas à luz solar direta.

Qual é o risco de contaminação se houver contato com águas suspeitas?

Nesta situação, a contaminação da pessoa dependerá de alguns fatores, como a concentração de leptospiras na água, o tempo que a pessoa ficou em contato com a água e a possibilidade ou não da penetração da bactéria no corpo humano, entre outros fatores. Deve-se ficar atento por alguns dias e, se a pessoa adoecer, deve-se procurar um médico o mais breve possível, não esquecendo-se de relatar a exposição aos fatores de riscos a leptospirose.

Qualquer pessoa pode contrair a doença?

Sim, qualquer pessoa pode contraí-la. Porém, tem-se observado maior freqüência de casos em indivíduos do sexo masculino, na faixa de 20 a 35 anos, provavelmente pela maior exposição a situações de risco em casa ou no trabalho.

Para obter maiores informações sobre a leptospirose, procure a Secretaria Estadual de Saúde, o Centro de Controle de Zoonoses ou a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade.

Hantaviroses

As hantaviroses são doenças provocadas pelo hantavírus, agentes etiológicos pentencentes a família Buyanviridae, encontrado em ratos silvestres que vivem em áreas rurais, onde foram registrados os casos da doença. Podem se apresentar sobre as formas de Febre Hemorrágica com Síndrone Renal (HFRS) e Síndrone Pulmonar por Hantavírus (HPS), sendo a segunda a única forma encontrada nas Américas. Não são específicas de nenhum grupo étnico e se comportam de forma estacional coincidindo com a presença e o maior número de roedores portadores do vírus.

Cada espécie de roedores, principais reservatórios dos Hantavírus, parecem ter tropismo por determinado tipo do vírus. No roedores, a infecção pelo Hantavírus, aparentemente, não é letal e pode levá-lo ao estado de reservatório do vírus por toda a vida. Nesses animais, os Hantavírus são isolados principalmente nos pulmões e rins, apesar da presença de anticorpos séricos, sendo eliminados em grande quantidade na saliva, urina e fezes.

Os sintomas são três: febre acima de 38 graus, dores musculares e dificuldade de respirar, desde que o paciente tenha estado na zona rural nos últimos 60 dias.

Essa enfermidade não pode ser transmitida de pessoa a pessoa, ou seja, espirro, tosse, aperto de mão ou qualquer outro contato físico não representam risco de contágio.

A contaminação pelo hantavírus ocorre quando respira-se poeira com restos de fezes, urina ou saliva de ratos contaminados em ambientes fechados. Os moradores de áreas rurais, agricultores, caçadores, pescadores, pessoas que fazem trilhas, acampam ou freqüentam matas possuem maior risco de contrair a doença. Outras formas de transmissão para a espécie humana foram também descritas:

– ingestão de alimentos e água contaminados;
– percutânea, por meio de escoriações cutâneas e mordeduras de roedor;
– contato do vírus com mucosa, por exemplo, a conjuntival;
– acidentalmente, em trabalhadores e visitantes de biotérios e laboratórios.

O período de incubação da doença provocada por Hantavirus varia de 12 a 16 dias com uma variação de 05 a 42 dias. Apesar do risco de morte, a hantavirose tem cura. É importante procurar uma unidade de saúde logo que sentir os primeiros sintomas da doença.

Síndrome Pulmonar por Hantavírus (HPS)

– Febre, mialgias, dor abdominal, vômitos e cefaléia; seguidas de tosse produtiva, dispnéia, taquipnéia, taquicardia, hipertensão, hipoxemia arterial, acidose metabólica e edema pulmonar não cardiogênico. O paciente evolui para insuficiência respiratória aguda e choque circulatório.

– Complicações: insuficiência respiratória aguda e choque circulatório.

– Tratamento: desde o início do quadro respiratório, estão indicados medidas gerais de suporte clínico, inclusive com assistência em unidade de terapia intensiva nos casos mais graves.

Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (HFRS)

– Febre, cefaléia, mialgia, dor abdominal, náuseas, vômitos, rubor facial, petéquias e hemorragia conjuntival, seguida de hipotensão, taquicardía, oligúria e hemorragias severas, evoluindo para um quadro de poliúria que antecipa o início da recuperação, na maioria dos casos.

Tratamento:

– isolamento dos pacientes com proteção de barreiras (avental, luvas e máscaras);
– evitar sobrecarga hídrica nos estágios iniciais, manter o aporte de fluidos adequado para repor perda na fase de poliúria, controle da hipotensão com expansores de volume e vasopressores nos casos graves, monitorização do estado hidroeletrolítico e ácido-básico e diálise peritoneal ou hemodiálise no tratamento da insuficiência renal.

Para os dois tipos de Hantaviroses, o diagnóstico faz-se através de Imunofluorescência, Elisa e Soroneutralização. A confirmação se dá através de PCR e Imunohistoquímica de órgãos positivos.

Prevenção:

Não há vacina contra essa patologia. As medidas preventivas são: não deixar casas fechadas por muito tempo, não plantar nada a menos de 30 metros de distância das residências; manter o mato em volta das casas sempre cortado; não deixe madeira, lixo ou folhas acumuladas perto das habitações; não comer frutos caídos ou próximos ao chão; tapar todas as frestas e buracos por onde ratos podem passar; não deixar restos de ração ou comida ao alcance dos ratos; evitar que o lixo fique espalhado; guardar grãos ou qualquer alimento a uma altura mínima de 40 centímetros do chão e nunca tocar em ratos.

Medidas Preventivas Contra Roedores

A infestação de ratos pode ser verificada através de alguns sinais:

Presença:

Avistar ratos significa uma considerável infestação, principalmente quando isso ocorre durante o dia, pelos ratos terem um hábito noturno, a presença de ratos durante o dia demonstra uma grande infestação.

Fezes:

Um dos melhores indicadores de infestação, podem trazer também a identificação da espécie presente;

Trilhas:

É um caminho bem batido, de 5 a 8cm de largura, encontradas normalmente perto de paredes e muros, atrás de materiais empilhados, sob tábuas.

Roeduras:

Os ratos costumam roer (sem ingerir) materiais como madeira, cabos de fiação elétrica e embalagem de alimentos para gastar sua dentição e para chegar a alimentos.

Isca Granulada:

Veneno mais usado, consiste em que o rato ingere e morre algum tempo depois por hemorragia interna. Esta isca não mata na hora pois o instinto do animal faz com que o rato associe a morte ao veneno.

Isca Parafinada:

Ideal para uso externo (ralos, jardins, etc), não estraga com a chuva. Por possuir gosto extremamente amargo é de difícil ingestão para o homem, mas fatal para o rato, matando-o também por hemorragia interna.

Pó Químico:

Mesmo os ratos vivendo em esgotos, eles são mamíferos muito limpos, e por isso estão constantemente se lambendo. Esse pó é colocado nas tocas, e onde os ratos passam, fazendo com que fique grudado no pelo, e quando o rato se lamber ingerirá o produto, o levando a morte também por hemorragia.

Iscas Cereais:

É uma mistura de fortes atrativos para o rato, com produtos diversos, tem um efeito rápido e limpo.

Há também os métodos biológicos, como a colocação no meio de um predador natural, como no caso dos ratos, o gato. Esses métodos não são tão seguros, e não representam eficiência total, por estarem sujeitos à situação do local onde são empregados.

Tocas:

Encontradas junto ao solo, muros, paredes, e normalmente indica a infestação por ratazanas.

Os métodos de controle de ratos, ou desratização são extremamente difíceis por ser o rato um animal muito adaptável. Esta consiste em tirar um dos três elementos indispensáveis para a vida do animal, a água, o abrigo e a alimentação.

No caso da água ser retirada, o animal irá mais longe para obtê-la, mas voltara a seu abrigo, se retirarmos o abrigo, ele fará um novo abrigo próximo ao atual, sobrando assim, somente a alimentação.

O uso de venenos deve ser feito por pessoas capacitadas, que conheçam o processo de manipulação e aplicação, uma vez que o uso indevido pode causar o aumento da população ao invés de exterminá-la.

Para que seja eficiente, deve-se conhecer o melhor possível a biologia do animal que desejamos eliminar, e então usar técnicas como as listadas abaixo: